quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REGIÃO CENTRO-OESTE

O ÍNDIO E O VAQUEIRO
 A região Centro-Oeste, como a Região Norte, é bastante marcada pela civilização indígena.
 Aí viviam, entre outras tribos, os índios Guaicurus, que logo aprenderam a usar o cavalo, tornando-se exímios cavaleiros e temíveis guerreiros.
 Com os colonizadores, os cavalos chegaram à região, e os Guaicurus perceberam as vantagens que podiam tirar se dominassem a arte de cavalgar.
 Tornaram-se melhores cavaleiros que os brancos. Quando em guerra, eles se deitavam do lado do cavalo, o que os tornava protegidos das armas do inimigo.
 Os povoadores temiam um confronto com esses incríveis guerreiros, que geralmente conseguiam levar a melhor.
 Os Caduveus descendem dos Guaicurus. São índios aculturados, que para sobreviver se dedicam à criação de gado no pantanal mato-grossense.
 As mulheres dessa tribo apresentam grande habilidade artística nos vários desenhos que realizam, como em cerâmica e esteiras. Transformaram o próprio corpo numa amostra de arte, cobrindo-o com pinturas equilibradas, tanto no traçado como nas cores.
 A cerâmica é de alta qualidade, com desenhos bastante sugestivos. Se à mulher compete a confecção das peças, ao homem cabe a tarefa de recolher o barro e a lenha para fazer o fogo.
 Os Bororos também constituíram uma importante tribo dessa região. Estes índios possuíam excelente constituição física e eram excelentes caçadores. Gostavam de enfrentar diretamente a caça, no que podia ser chamado de "luta pessoal". Para isso, usavam a lança ou um pau terminado numa ponta fina, o chuço.
 Os Bororos temiam os Xavantes, e assim preferiram viver dentro da proteção  fornecida pelos Missioários Salesianos. Com isso, foram aceitando, em grande parte, a cultura dos brancos.
 Segundo alguns estudiosos, quando estes índios receberam a primeira visita dos brancos, puseram-se a gritar "bororo", o que significa "na praça", ou seja, mandaram que os brancos fossem à praça, a fim de conversarem. E os primeiros povoadores, não entendendo, deram a denominação de Bororo a esse grupo indígena.
 Hoje, uma expressiva figura folclórica é o que o vaqueiro do pantanal mato-grossense. Em lugar do cavalo, emprega o boi para os seus pastoreiros. Isso porque os cavalos que chegavam ao pantanal eram atacados por uma terrível doença, a epizzotia. Os bois, porém, não a contraem, e assim se tornaram o meio de transporte adequado do vaqueiro do pantanal.

OS LICOCÓS
 O artesanato sempre caracterizou profundamente a criatividade dos nosso índios. De um modo geral, eles não se conformam em produzir um objeto pelo que ele vale em si. Emprestam-lhe a beleza da arte, enfeitando-o com capricho e dedicação. 
 Entre os Carajás, as mulheres aprendem a modelar desde cedo. Modelam com habilidade os licocós, bonecos que representam as formas físicas ideais da mulher dessa tribo.
 Enquanto modelam os licocós, as meninas, sentadas de frente para o rio Araguaia, captam a imagem da canoa com seus remadores, e, muitas vezes, a reproduzem na cerâmica.
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