quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REGIÃO SUDESTE



  A região Sudeste, possui um folclore bastante variado, pois recebeu imigrantes de muitas partes do mundo. Os tipos mais característicos são representados pelo caipira e pelo caiçara, em São Paulo.
 O caipira paulista, que é o tipo mais tradicional, é mameluco, ou seja, descende de índio e de branco, e vive no interior. O caiçara, igualmente mameluco, vive no litoral. Bem adaptado à vida maritma, conhece como poucos os segredos do mar, e sabe, usando recursos precários, arrancar das águas o necessário para o seu sustento e para manter suas modestas necessidades.
 São bastante célebres em certas localidades da região as festas juninas, que, resistindo ao ímpeto do progresso, ainda aparecem com toda a sua beleza e a poesia. Aí, as danças singelas do povo marcam as horas alegres, iluminadas pelas fogueiras, ao som da música simples e bem ritmada. Fogos, comes e bebes; pipoca, batata-doce, bons quitutes feitos no forno à lenha, vinho, quentão.
 Bastante numerosas aparecem as expressões folclóricas da região Sudeste. A tourada brasileira, o fandango, o batuque, João Paulino e Maria Angu. São dois bonecões, e dentro de cada um se aloja um folião. Passeiam pela cidade na Festa do Divino Espírito Santo.
 A cerâmica é bastante rica e característica. As figurinhas de presépio constituem uma antiga tradição, fabricadas pelos "barristas" ou "figureiros".
 Em algumas localidades de São Paulo, ainda é utilizada a roca para preparar os fios com que se tecem belas colchas. É um trabalho secular que conseguiu resistir à força do progresso.
 O carro de boi ainda faz cantar suas rodas em muitos caminhos rústicos.Ele não tem pressa, segue calmamente o seu caminho, mas sempre chega ao seu destino. Enquanto não chega, o carreiro, que é o encarregado de conduzir os bois, vai matutando, ouvindo a música monótona e tranquila das rodas do carro.


 Também ainda podemos encontrar o apreciado caldo de cana, a garapa, obtido através do mesmo aparelho rudimentar de há muitos anos, a engenhoca, em várias localidades do interior.

BATUQUE
  O ritmo quente do batuque é uma das características da Festa do Divino Espírito Santo e das festas juninas em várias cidades do interior de São Paulo. Homens e mulheres se agrupam em terreiros e praças públicas, e dançam ao som de tambor, palmas e cantos.
 De origem africana, esta dança foi proibida pela Igreja durante o período colonial. Mas os donos de escravos preferiam não intervir, e assim ela chegou até os nossos dias.

FANDANGO
 A forma de fandango varia conforme as localidades brasileiras em que é executado. No litoral de São Paulo, é um importante acontecimento folclórico, aparecendo constantemente nas festas caiçaras.
 Em algumas localidades dessa região, costuma-se dançar o fandango batido, ou rufado, em que se batem os pés, até meia-noite. A partir dessa hora, adota-se uma forma de fandango mais tranquila, que é o fandango valsado, ou bailado.
 E assim vão se divertindo os dançarinos, até surgir a luz do amanhecer. Partem então para uma forma de fandango muito rápida, a "saideira", com que a festa é encerrada.

CARNAVAL
 É desnecessário dizer que o carnaval é a maior festa popular brasileira, ocorrendo em todo o território nacional. É uma festa de todas as modalidades possíveis, quer nas ruas; quer nos salões. Mas é no Sudeste que se realiza o maior carnaval do Brasil e do mundo, na cidade do Rio de Janeiro. Aí, em termos de grandiosidade, graças às escolas de samba, o carnaval assume proporções inigualáveis.
 O carnaval teve sua origem no entrudo, trazido para o Brasil pelo colonizador português. Era comum o uso de água, polvilho e farinha, com que os foliões se agrediam.
 Mais tarde, surgiu um grupo de foliões, que passeava pelas ruas ao som de tambores e bumbos. Era o princípio do nosso carnaval. Tal grupo era denominado Zé Pereira.
 Hoje temos as Escolas de Samba com grandes disputas entre si, trazendo turistas de toda parte do mundo para assistir aos desfiles. Foliões animados nos Blocos Carnavalescos que desfilam pelas ruas no mês de fevereiro.

AS SERENATAS
 A origem das serenatas é muito antiga. Os romanos gostavam de serenata. E o Brasil recebeu-a com todo o sentimentalismo que é próprio do nosso povo.
 As serenatas registram-se praticamente em todo o Brasil, mas certas localidades do Sudeste, como São Paulo e Ouro Preto, ficaram famosas pelos músicos e trovadores.

ARTESANATO MINEIRO
 É uma das mais importantes expressões folclóricas brasileiras. Grande variedade de esculturas é realizada em madeira e pedra-sabão.
 As esculturas do artista Aleijadinho representam um testemunho eloquente da criatividade artística mineira.
 A pedra-sabão também é utilizada para a escultura de objetos utilitários, como as tradicionais e famosas panelas.
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